E quem dirá que não existe razão nas coisas feitas pelo coração?
Junho é um mês de romance, goste você ou não! Eu já tive a fase de odiar o dia dos namorados por não ter namorado, tentar ignorá-lo e blá blá blá... ah mas o amor... o amor é lindo! Você estando solteiro, ou não, isso não muda! E se sentir deprimido por não ter um amor é normal, mas descontar isso no 12 de junho, se não no mês todo, é ridículo! Então se recomponha, ok?
Se gastássemos mais tempo admirando as coisas belas do que as criticando teríamos muito mais entusiasmo para mudar o que não nos agrada. Mas eu admito que nem sempre fui assim... inclusive se você lembra do Coração Gelado saiba que ele foi meu aprendiz.
Depois que terminei com meu primeiro namorado ele me disse algo que jamais vou esquecer...
-Você já reparou que quando alguém te faz uma pergunta você não pergunta ‘e você?’? Tipo, eu pergunto ‘tudo bem?’, você responde ‘tudo’.
-Mas porque eu perguntaria ‘e você’ se não quero saber?
Não sei se contei a vocês a história do meu primeiro beijo, se contei me perdoem gastar essas linhas contando novamente... pule-as se preferir.
Voltando da escola eu pegava um ônibus com um rapaz lindo, mas lindo assim de tirar o fôlego Ufaa! Aí no outro dia, quando chegava na escola, eu falava com as minhas amigas ‘ah... ontem peguei ônibus com o colírio’. Eu tinha 12 anos e ainda brincava de boneca... ou seja romance era apenas uma fantasia de menininha que assistia novela mexicana e sonhava com o Carlos Daniel Bracho... até que um dia... Ele, o colírio (descíamos no mesmo ponto, ele morava na rua ao lado da minha), pediu meu número de telefone. Ele me ligou e marcamos de nos encontrar na pracinha do bairro. Claro que minha irmã me ajudou e inventou um desculpa pra me levar ‘pra sair com os amigos dela’. Na pracinha minha irmã foi discreta e disse que ia dar uma volta... nós também fomos. Foi babado e estranho, esquisito, mistura de coisa louca com algo bom? Sei lá... esquisito!!
Caso é que ele tinha 16 anos e se assustou com a minha idade... acabou que perdemos o contato. Anos mais tarde, 6 anos para ser exata, eu estava no último ano de colégio e ele voltou a minha vida. Minha irmã o reencontrou em um barzinho e só o que ele fazia era falar de mim... minha irmã pegou o número dele e eu posteriormente entrei em contato. Nos encontramos e fomos a um show do Barão Vermelho... e que beijo dessa vez! Caso é que novamente não deu certo, porque? Porque eu passei tanto tempo sendo coração gelado que não sabia demonstrar meus sentimentos.
Foi a primeira vez que eu sofri por gostar de alguém. Porque eu gostava demais... mas não soube demonstrar isso. Depois disso eu tomei uma decisão: eu abriria a porta do meu coração, não esconderia mais meus sentimentos. Claro que deu tão certo quanto um soco certeiro na boca do estômago. Mas com o sofrimento de um coração rejeitado eu percebi que vale mais o aprendizado de ter o coração partido e ter vivido, mesmo que por segundos, uma real felicidade, do que me fechar para o mundo e viver em um lugar cinza, sozinha e sem sentido.
Claro que entre tropeços e quedas eu me levanto toda machucada e com medo de cair de novo, mas lembro que quem não cai nunca é pq a muito tempo não tem incentivo para levantar. Não me entenda errado... sou errante: já fui leviana com o sentimento dos outros, tenho certeza que já fiz alguém sofrer, já deixei pessoas que nem me conhecem apaixonadas e outras com ódio de mim... Acho que todo mundo é assim.
Mas entre esses tropeços, até hoje só teve mais um caso que me fez repensar sobre as minhas barreiras... a vontade de erguer muros e não deixar mais ninguém se aproximar, de viver sozinha, pois antes só que mal acompanhado, certo? E esse caso foi tão sério que não me deixou seguir em frente, mesmo quando tentei recuar as defesas e abrir as chances para outra pessoa.
Encontrei alguém, que assim como eu não regula ‘dos neurônio’ e que tinha habilidade de me fazer rir sem esforço nenhum. Eu me apaixonei, mas no fundo meu coração ainda pertencia a outro... E a vida é engraçada, ela adora zuar com a nossa cara, coloca as pessoas de volta na nossa vida para bagunçar nossa mente e nossos sentimentos. E foi reencontrando esse Outro que percebi que não podia estar com o Um, pois estava sendo injusta com o coração dele. Então eu tentei terminar, mas ele não deixou... e viajamos, fomos pra praia...conversamos sobre os nossos problemas... e naquele cenário típico de ‘amor de verão’ até ficamos noivos! Mas por outros motivos, assim gosto de acreditar, não deu pra continuar e nos separamos definitivamente.
E eu...? Tava andando distraída por essa vida, feliz e plena comigo mesma até que a tal senhora Vida, sem melhor ocupação, resolveu bagunçar as coisas de novo no meu mundo, típico dela!
Hoje eu me sinto mais madura... mais em harmonia comigo mesma, com o mundo... Sei o que quero da vida e sei parte das ferramentas necessárias para chegar lá. Sei que tudo tem sua hora e seu momento e, mesmo que a Vida seja uma piadista nata, não acredito, nem por um segundo, que ela faz as coisas aleatoriamente... se algo retorna a sua vida é pq nunca foi! E talvez ela esteja te dando um nova oportunidade de fazer o final melhor, um fina feliz. Talvez agora seja a hora e momento certo!
Não estou dizendo que as coisas serão fáceis, pois nem sempre serão, muitas vezes serão complicadas e bagunçadas... mas não há acaso: as vezes é necessária uma tempestade para que o sol seja devidamente contemplado! Mas somos seres teimosos por natureza e aí você ignora o apelo do destino... e o que acontece? Lá na frente a dona Vida aparece de novo... pq ela insiste em saber o que é melhor pra você... e ela vai insistir até que: ou você faça valer a pena ou que lamente, por perder a chance que ela ofertou a outro, que soube aproveitar.
Apesar de achar que ‘nada está tão ruim que não possa piorar’ sou otimista de natureza, gosto do frescor do dia nublado e da sensação da água limpando a alma quando se toma um banho de chuva num dia inesperado (tipo o dia que você acabou de fazer chapinha). Porque eu preciso pegar o que tenho e fazer o melhor que posso, porque o tempo, ah... o tempo não para!
Então não tenha medo de se machucar, tenha medo de nunca deixar alguém tocar a sua alma... A felicidade não é um lugar para onde se vai, é um estado de espírito que se alcança várias vezes ao longo da caminhada da vida. O segredo é parar de ir atrás da felicidade e passar a ser feliz como se pode! Ela vai e vem... e no final você só precisa encontrar alguém que possa dizer: quero ficar só com você!
Que animação mais gracinha... que a animação da minha vida desse jeito! =D
"O futuro não é um lugar para onde estamos indo, mas um lugar que estamos criando. O caminho para ele não é encontrado, mas construído e o ato de fazê-lo muda tanto o realizador quanto o próprio destino" - John Schoon
Aproveitando a deixa 'amor' olha o convite irrecusável que a Gabi e o Marlon fizeram para mim!! Como se precisasse de desculpas para ir a praia no final no ano! kkkk #Amei!
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