Nenhuma verdade me machuca
Nenhum motivo me corrói
Até se eu ficar
Só na vontade
Já não dói...
Nenhuma doutrina me convence
Nenhuma resposta me satisfaz
Nem mesmo o tédio
Me surpreende mais...
Mas eu sinto
Que eu tô viva
A cada banho de chuva
Que chega molhando
Meu corpo...
Pitty: Déjà Vu
Nos últimos dias tenho me sentido assim:
Abro bem a boca
Puxo o ar com força e nada acontece
Tá tudo travado, ficou complicado
Daqui a pouco estouro feito um balão
Se o ar que vem do meu pulmão não é suficiente
Eu tô sufocando, preciso falar
Tá tudo tão rarefeito e eu longe de ser perfeito
Pitty: Aahhh...!
Graças ao meu bom Deus mais um carnaval se foi! Essa hipocrisia de carnaval no Brasil me deixa emputecida... fala sério! O ano só começa depois do carnaval... a menor fantasia já feita... a pintura da globeleza... a programação brasileira uma semana antes, durante e uma semana depois só fala disso. Das alegorias, das famosas que vao desfilar, das que não vao...
Você tá lá... todo feliz... ainda digerindo aquele delicioso banquete de natal... curando a ressaca do reveion... e começa TUDO de novo! Se formos pensar em um mínimo lado positivo pra essas serpentinas e confetes está na necessidade de desligar a TV!
Ah e tem o feriado, claro! Que é ótimo para ficar agarrado horas em engarrafamentos sem fim... ir para um lugar perfeito que provavelmente vai estar lotado de farofeiros... e claro ver aquelas pessoas bonitas, de bem em fantasias de fazer chorar o coração de tão ridículas... sem contar as buzinas de carnaval... os sparys de espuma... afff!
Tudo bem... nos dois últimos anos o carnaval não tem sido meu aliado. Ano passado estava presa no meio do Paraguai, sem conhecer ninguém e com medo de ir na esquina e levar 500 milhões de balões d’água. Esse ano estou praticamente em cárcere na minha própria casa, estudando a enfadonha matéria de segundo ano.
Minha tia você está parecendo um saco de bosta amarrado num barbante!
Meus planos pro carnaval 2012 foram pro ralo proporcionalmente ao tanto de dinheiro público desviado do governo federal no ano de 2011. Me restou a solidão da minha própria companhia aliada a livros e esperanças de um futuro melhor... talvez um lugar ao sol, com uma água de coco doce e gelada, sombra e uma visão do paraíso...
Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas
Borboletas brancas
São alegres e francas.
Borboletas azuis
Gostam muito de luz.
As amarelinhas
São tão bonitinhas!
E as pretas, então...
Oh, que escuridão!
Vinícius de Morais: As Borboletas
Outro dia tive um sonho daqueles meio proféticos, estranhos... de dar medo! Sonhei que pulei no tempo 7 anos, quando passei em frente ao que seria minha casa e ela estava em um estado precário, meio em ruinas... encontrei minha irmã que me contou que meu cachorro havia morrido, a minha Polly tinha virado um ser antissocial. E minha mãe como sempre em seu quarto costurando. Minha prima morava lá também e tinha virado lésbica. Realmente um sonho esquisito que me colocou pra pensar mais do que devia!
Estou aqui sentido falta do que nunca tive...
Sonhando com o que nunca desejei...
Esperando pelo que nunca conspirei...
Quero acordar e ver através da luz do sol aquilo que há muito de mim se esconde
Reencontrar a essência do que imaginei ser uma utopia
Mergulhar no que sonho não é
E viver a fantasia de tudo ser mais que uma ilusão.
Vanessa Arruda
That's all folks for today! See ya!
0 comentários:
Postar um comentário